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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

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sábado, 28 de dezembro de 2013

Racismo

O antropólogo Kabengele Munanga fala sobre o mito da democracia racial brasileira, a polêmica com Demétrio Magnoli e o papel da mídia e da educação no combate ao preconceito no país
Por Camila Souza Ramos e Glauco Faria
Fórum – O senhor veio do antigo Zaire que, apesar de ter alguns pontos de contato com a cultura brasileira e a cultura do Congo, é um país bem diferente. O senhor sentiu, quando veio pra cá, a questão racial? Como foi essa mudança para o senhor?
Kabengele – Essas coisas não são tão abertas como a gente pensa. Cheguei aqui em 1975, diretamente para a USP, para fazer doutorado. Não se depara com o preconceito à primeira vista, logo que sai do aeroporto. Essas coisas vêm pouco a pouco, quando se começa a descobrir que você entra em alguns lugares e percebe que é único, que te olham e já sabem que não é daqui, que não é como “nossos negros”, é diferente. Poderia dizer que esse estranhamento é por ser estrangeiro, mas essa comparação na verdade é feita em relação aos negros da terra, que não entram em alguns lugares ou não entram de cabeça erguida.
Depois, com o tempo, na academia, fiz disciplinas em antropologia e alguns de meus professores eram especialistas na questão racial. Foi através da academia, da literatura, que comecei a descobrir que havia problemas no país. Uma das primeiras aulas que fiz foi em 1975, 1976, já era uma disciplina sobre a questão racial com meu orientador João Batista Borges Pereira. Depois, com o tempo, você vai entrar em algum lugar em que está sozinho e se pergunta: onde estão os outros? As pessoas olhavam mesmo, inclusive olhavam mais quando eu entrava com minha mulher e meus filhos. Porque é uma família inter-racial: a mulher branca, o homem negro, um filho negro e um filho mestiço. Em todos os lugares em que a gente entrava, era motivo de curiosidade. O pessoal tentava ser discreto, mas nem sempre escondia. Entrávamos em lugares onde geralmente os negros não entram.
A partir daí você começa a buscar uma explicação para saber o porquê e se aproxima da literatura e das aulas da universidade que falam da discriminação racial no Brasil, os trabalhos de Florestan Fernandes, do Otavio Ianni, do meu próprio orientador e de tantos outros que trabalharam com a questão. Mas o problema é que quando a pessoa é adulta sabe se defender, mas as crianças não. Tenho dois filhos que nasceram na Bélgica, dois no Congo e meu caçula é brasileiro. Quantas vezes, quando estavam sozinhos na rua, sem defesa, se depararam com a polícia?
Meus filhos estudaram em escola particular, Colégio Equipe, onde estudavam filhos de alguns colegas professores. Eu não ia buscá-los na escola, e quando saíam para tomar ônibus e voltar para casa com alguns colegas que eram brancos, eles eram os únicos a ser revistados. No entanto, a condição social era a mesma e estudavam no mesmo colégio. Por que só eles podiam ser suspeitos e revistados pela polícia? Essa situação eu não posso contar quantas vezes vi acontecer. Lembro que meu filho mais velho, que hoje é ator, quando comprou o primeiro carro dele, não sei quantas vezes ele foi parado pela polícia. Sempre apontando a arma para ele para mostrar o documento. Ele foi instruído para não discutir e dizer que os documentos estão no porta-luvas, senão podem pensar que ele vai sacar uma arma. Na realidade, era suspeito de ser ladrão do próprio carro que ele comprou com o trabalho dele. Meus filhos até hoje não saem de casa para atravessar a rua sem documento. São adultos e criaram esse hábito, porque até você provar que não é ladrão… A geografia do seu corpo não indica isso.
Então, essa coisa de pensar que a diferença é simplesmente social, é claro que o social acompanha, mas e a geografia do corpo? Isso aqui também vai junto com o social, não tem como separar as duas coisas. Fui com o tempo respondendo à questão, por meio da vivência, com o cotidiano e as coisas que aprendi na universidade, depoimentos de pessoas da população negra, e entendi que a democracia racial é um mito. Existe realmente um racismo no Brasil, diferenciado daquele praticado na África do Sul durante o regime do apartheid, diferente também do racismo praticado nos EUA, principalmente no Sul. Porque nosso racismo é, utilizando uma palavra bem conhecida, sutil. Ele é velado. Pelo fato de ser sutil e velado isso não quer dizer que faça menos vítimas do que aquele que é aberto. Faz vítimas de qualquer maneira.
Revista Fórum – Quando você tem um sistema como o sul-africano ou um sistema de restrição de direitos como houve nos EUA, o inimigo está claro. No caso brasileiro é mais difícil combatê-lo…
Kabengele – Claro, é mais difícil. Porque você não identifica seu opressor. Nos EUA era mais fácil porque começava pelas leis. A primeira reivindicação: o fim das leis racistas. Depois, se luta para implementar políticas públicas que busquem a promoção da igualdade racial. Aqui é mais difícil, porque não tinha lei nem pra discriminar, nem pra proteger. As leis pra proteger estão na nova Constituição que diz que o racismo é um crime inafiançável. Antes disso tinha a lei Afonso Arinos, de 1951. De acordo com essa lei, a prática do racismo não era um crime, era uma contravenção. A população negra e indígena viveu muito tempo sem leis nem para discriminar nem para proteger.
Revista Fórum – Aqui no Brasil há mais dificuldade com relação ao sistema de cotas justamente por conta do mito da democracia racial?
Kabengele – Tem segmentos da população a favor e contra. Começaria pelos que estão contra as cotas, que apelam para a própria Constituição, afirmando que perante a lei somos todos iguais. Então não devemos tratar os cidadãos brasileiros diferentemente, as cotas seriam uma inconstitucionalidade. Outro argumento contrário, que já foi demolido, é a ideia de que seria difícil distinguir os negros no Brasil para se beneficiar pelas cotas por causa da mestiçagem. O Brasil é um país de mestiçagem, muitos brasileiros têm sangue europeu, além de sangue indígena e africano, então seria difícil saber quem é afro-descendente que poderia ser beneficiado pela cota. Esse argumento não resistiu. Por quê? Num país onde existe discriminação antinegro, a própria discriminação é a prova de que é possível identificar os negros. Senão não teria discriminação.
Em comparação com outros países do mundo, o Brasil é um país que tem um índice de mestiçamento muito mais alto. Mas isso não pode impedir uma política, porque basta a autodeclaração. Basta um candidato declarar sua afro-descendência. Se tiver alguma dúvida, tem que averiguar. Nos casos-limite, o indivíduo se autodeclara afrodescendente. Às vezes, tem erros humanos, como o que aconteceu na UnB, de dois jovens mestiços, de mesmos pais, um entrou pelas cotas porque acharam que era mestiço, e o outro foi barrado porque acharam que era branco. Isso são erros humanos. Se tivessem certeza absoluta que era afro-descendente, não seria assim. Mas houve um recurso e ele entrou. Esses casos-limite existem, mas não é isso que vai impedir uma política pública que possa beneficiar uma grande parte da população brasileira.
Além do mais, o critério de cota no Brasil é diferente dos EUA. Nos EUA, começaram com um critério fixo e nato. Basta você nascer negro. No Brasil não. Se a gente analisar a história, com exceção da UnB, que tem suas razões, em todas as universidades brasileiras que entraram pelo critério das cotas, usaram o critério étnico-racial combinado com o critério econômico. O ponto de partida é a escola pública. Nos EUA não foi isso. Só que a imprensa não quer enxergar, todo mundo quer dizer que cota é simplesmente racial. Não é. Isso é mentira, tem que ver como funciona em todas as universidades. É necessário fazer um certo controle, senão não adianta aplicar as cotas. No entanto, se mantém a ideia de que, pelas pesquisas quantitativas, do IBGE, do Ipea, dos índices do Pnud, mostram que o abismo em matéria de educação entre negros e brancos é muito grande. Se a gente considerar isso então tem que ter uma política de mudança. É nesse sentido que se defende uma política de cotas.
O racismo é cotidiano na sociedade brasileira. As pessoas que estão contra cotas pensam como se o racismo não tivesse existido na sociedade, não estivesse criando vítimas. Se alguém comprovar que não tem mais racismo no Brasil, não devemos mais falar em cotas para negros. Deveríamos falar só de classes sociais. Mas como o racismo ainda existe, então não há como você tratar igualmente as pessoas que são vítimas de racismo e da questão econômica em relação àquelas que não sofrem esse tipo de preconceito. A própria pesquisa do IPEA mostra que se não mudar esse quadro, os negros vão levar muitos e muitos anos para chegar aonde estão os brancos em matéria de educação. Os que são contra cotas ainda dão o argumento de que qualquer política de diferença por parte do governo no Brasil seria uma política de reconhecimento das raças e isso seria um retrocesso, que teríamos conflitos, como os que aconteciam nos EUA.
(Foto TV Brasil)
Fórum – Que é o argumento do Demétrio Magnoli.
Kabengele – Isso é muito falso, porque já temos a experiência, alguns falam de mais de 70 universidades públicas, outros falam em 80. Já ouviu falar de conflitos raciais em algum lugar, linchamentos raciais? Não existe. É claro que houve manifestações numa universidade ou outra, umas pichações, “negro, volta pra senzala”. Mas isso não se caracteriza como conflito racial. Isso é uma maneira de horrorizar a população, projetar conflitos que na realidade não vão existir.
Fórum – Agora o DEM entrou com uma ação no STF pedindo anulação das cotas. O que motiva um partido como o DEM, qual a conexão entre a ideologia de um partido ou um intelectual como o Magnoli e essa oposição ao sistema de cotas? Qual é a raiz dessa resistência?
Kabengele – Tenho a impressão que as posições ideológicas não são explícitas, são implícitas. A questão das cotas é uma questão política. Tem pessoas no Brasil que ainda acreditam que não há racismo no país. E o argumento desse deputado do DEM é esse, de que não há racismo no Brasil, que a questão é simplesmente socioeconômica. É um ponto de vista refutável, porque nós temos provas de que há racismo no Brasil no cotidiano. O que essas pessoas querem? Status quo. A ideia de que o Brasil vive muito bem, não há problema com ele, que o problema é só com os pobres, que não podemos introduzir as cotas porque seria introduzir uma discriminação contra os brancos e pobres. Mas eles ignoram que os brancos e pobres também são beneficiados pelas cotas, e eles negam esse argumento automaticamente, deixam isso de lado.
Fórum – Mas isso não é um cinismo de parte desses atores políticos, já que eles são contra o sistema de cotas, mas também são contra o Bolsa-Família ou qualquer tipo de política compensatória no campo socioeconômico?
Kabengele – É interessante, porque um país que tem problemas sociais do tamanho do Brasil deveria buscar caminhos de mudança, de transformação da sociedade. Cada vez que se toca nas políticas concretas de mudança, vem um discurso. Mas você não resolve os problemas sociais somente com a retórica. Quanto tempo se fala da qualidade da escola pública? Estou aqui no Brasil há 34 anos. Desde que cheguei aqui, a escola pública mudou em algum lugar? Não, mas o discurso continua. “Ah, é só mudar a escola pública.” Os mesmos que dizem isso colocam os seus filhos na escola particular e sabem que a escola pública é ruim. Poderiam eles, como autoridades, dar melhor exemplo e colocar os filhos deles em escola pública e lutar pelas leis, bom salário para os educadores, laboratórios, segurança. Mas a coisa só fica no nível da retórica.
E tem esse argumento legalista, “porque a cota é uma inconstitucionalidade, porque não há racismo no Brasil”. Há juristas que dizem que a igualdade da qual fala a Constituição é uma igualdade formal, mas tem a igualdade material. É essa igualdade material que é visada pelas políticas de ação afirmativa. Não basta dizer que somos todos iguais. Isso é importante, mas você tem que dar os meios e isso se faz com as políticas públicas. Muitos disseram que as cotas nas universidades iriam atingir a excelência universitária. Está comprovado que os alunos cotistas tiveram um rendimento igual ou superior aos outros. Então a excelência não foi prejudicada. Aliás, é curioso falar de mérito como se nosso vestibular fosse exemplo de democracia e de mérito. Mérito significa simplesmente que você coloca como ponto de partida as pessoas no mesmo nível.
Quando as pessoas não são iguais, não se pode colocar no ponto de partida para concorrer igualmente. É como você pegar uma pessoa com um fusquinha e outro com um Mercedes, colocar na mesma linha de partida e ver qual o carro mais veloz. O aluno que vem da escola pública, da periferia, de péssima qualidade, e o aluno que vem de escola particular de boa qualidade, partindo do mesmo ponto, é claro que os que vêm de uma boa escola vão ter uma nota superior. Se um aluno que vem de um Pueri Domus, Liceu Pasteur, tira nota 8, esse que vem da periferia e tirou nota 5 teve uma caminhada muito longa. Essa nota 5 pode ser mais significativa do que a nota 7 ou 8. Dando oportunidade ao aluno, ele não vai decepcionar.
Foi isso que aconteceu, deram oportunidade. As cotas são aplicadas desde 2003. Nestes sete anos, quantos jovens beneficiados pelas cotas terminaram o curso universitário e quantos anos o Brasil levaria para formar o tanto de negros sem cotas? Talvez 20 ou mais. Isso são coisas concretas para as quais as pessoas fecham os olhos. No artigo do professor Demétrio Magnoli, ele me critica, mas não leu nada. Nem uma linha de meus livros. Simplesmente pegou o livro da Eneida de Almeida dos Santos, Mulato, negro não-negro e branco não-branco que pediu para eu fazer uma introdução, e desta introdução de três páginas ele tirou algumas frases e, a partir dessas frases, me acusa de ser um charlatão acadêmico, de professar o racismo científico abandonado há mais de um século e fazer parte de um projeto de racialização oficial do Brasil. Nunca leu nada do que eu escrevi.
A autora do livro é mestiça, psiquiatra e estuda a dificuldade que os mestiços entre branco e negro têm pra construir a sua identidade. Fiz a introdução mostrando que eles têm essa dificuldade justamente por causa de serem negros não-negros e brancos não-brancos. Isso prejudica o processo, mas no plano político, jurídico, eles não podem ficar ambivalentes. Eles têm que optar por uma identidade, têm que aceitar sua negritude, e não rejeitá-la. Com isso ele acha que eu estou professando a supressão dos mestiços no Brasil e que isso faz parte do projeto de racialização do brasileiro. Não tinha nada para me acusar, soube que estou defendendo as cotas, tirou três frases e fez a acusação dele no jornal.
Fórum – O senhor toca na questão do imaginário da democracia racial, mas as pessoas são formadas para aceitarem esse mito…
Kabengele – O racismo é uma ideologia. A ideologia só pode ser reproduzida se as próprias vítimas aceitam, a introjetam, naturalizam essa ideologia. Além das próprias vítimas, outros cidadãos também, que discriminam e acham que são superiores aos outros, que têm direito de ocupar os melhores lugares na sociedade. Se não reunir essas duas condições, o racismo não pode ser reproduzido como ideologia, mas toda educação que nós recebemos é para poder reproduzi-la.
Há negros que introduziram isso, que alienaram sua humanidade, que acham que são mesmo inferiores e o branco tem todo o direito de ocupar os postos de comando. Como também tem os brancos que introjetaram isso e acham mesmo que são superiores por natureza. Mas para você lutar contra essa ideia não bastam as leis, que são repressivas, só vão punir. Tem que educar também. A educação é um instrumento muito importante de mudança de mentalidade e o brasileiro foi educado para não assumir seus preconceitos. O Florestan Fernandes dizia que um dos problemas dos brasileiros é o “preconceito de ter preconceito de ter preconceito”. O brasileiro nunca vai aceitar que é preconceituoso. Foi educado para não aceitar isso. Como se diz, na casa de enforcado não se fala de corda.
Quando você está diante do negro, dizem que tem que dizer que é moreno, porque se disser que é negro, ele vai se sentir ofendido. O que não quer dizer que ele não deve ser chamado de negro. Ele tem nome, tem identidade, mas quando se fala dele, pode dizer que é negro, não precisa branqueá-lo, torná-lo moreno. O brasileiro foi educado para se comportar assim, para não falar de corda na casa de enforcado. Quando você pega um brasileiro em flagrante de prática racista, ele não aceita, porque não foi educado para isso. Se fosse um americano, ele vai dizer: “Não vou alugar minha casa para um negro”. No Brasil, vai dizer: “Olha, amigo, você chegou tarde, acabei de alugar”. Porque a educação que o americano recebeu é pra assumir suas práticas racistas, pra ser uma coisa explícita.
Quando a Folha de S. Paulo fez aquela pesquisa de opinião em 1995, perguntaram para muitos brasileiros se existe racismo no Brasil. Mais de 80% disseram que sim. Perguntaram para as mesmas pessoas: “você já discriminou alguém?”. A maioria disse que não. Significa que há racismo, mas sem racistas. Ele está no ar… Como você vai combater isso? Muitas vezes o brasileiro chega a dizer ao negro que reage: “você que é complexado, o problema está na sua cabeça”. Ele rejeita a culpa e coloca na própria vítima. Já ouviu falar de crime perfeito? Nosso racismo é um crime perfeito, porque a própria vítima é que é responsável pelo seu racismo, quem comentou não tem nenhum problema.
Revista Fórum – O humorista Danilo Gentilli escreveu no Twitter uma piada a respeito do King Kong, comparando com um jogador de futebol que saía com loiras. Houve uma reação grande e a continuação dos argumentos dele para se justificar vai ao encontro disso que o senhor está falando. Ele dizia que racista era quem acusava ele, e citava a questão do orgulho negro como algo de quem é racista.
Kabengele – Faz parte desse imaginário. O que está por trás dessa ilustração de King Kong, que ele compara a um jogador de futebol que vai casar com uma loira, é a ideia de alguém que ascende na vida e vai procurar sua loira. Mas qual é o problema desse jogador de futebol? São pessoas vítimas do racismo que acham que agora ascenderam na vida e, para mostrar isso, têm que ter uma loira que era proibida quando eram pobres? Pode até ser uma explicação. Mas essa loira não é uma pessoa humana que pode dizer não ou sim e foi obrigada a ir com o King Kong por causa de dinheiro? Pode ser, quantos casamentos não são por dinheiro na nossa sociedade? A velha burguesia só se casa dentro da velha burguesia. Mas sempre tem pessoas que desobedecem as normas da sociedade.
Essas jovens brancas, loiras, também pulam a cerca de suas identidades pra casar com um negro jogador. Por que a corda só arrebenta do lado do jogador de futebol? No fundo, essas pessoas não querem que os negros casem com suas filhas. É uma forma de racismo. Estão praticando um preconceito que não respeita a vontade dessas mulheres nem essas pessoas que ascenderam na vida, numa sociedade onde o amor é algo sem fronteiras, e não teria tantos mestiços nessa sociedade. Com tudo o que aconteceu no campo de futebol com aquele jogador da Argentina que chamou o Grafite de macaco, com tudo o que acontece na Europa, esse humorista faz uma ilustração disso, ou é uma provocação ou quer reafirmar os preconceitos na nossa sociedade.
Fórum – É que no caso, o Danilo Gentili ainda justificou sua piada com um argumento muito simplório: “por que eu posso chamar um gordo de baleia e um negro de macaco”, como se fosse a mesma coisa.
Kabengele – É interessante isso, porque tenho a impressão de que é um cara que não conhece a história e o orgulho negro tem uma história. São seres humanos que, pelo próprio processo de colonização, de escravidão, a essas pessoas foi negada sua humanidade. Para poder se recuperar, ele tem que assumir seu corpo como negro. Se olhar no espelho e se achar bonito ou se achar feio. É isso o orgulho negro. E faz parte do processo de se assumir como negro, assumir seu corpo que foi recusado. Se o humorista conhecesse isso, entenderia a história do orgulho negro. O branco não tem motivo para ter orgulho branco porque ele é vitorioso, está lá em cima. O outro que está lá em baixo que deve ter orgulho, que deve construir esse orgulho para poder se reerguer.
Fórum – O senhor tocou no caso do Grafite com o Desábato, e recentemente tivemos, no jogo da Libertadores entre Cruzeiro e Grêmio, o caso de um jogador que teria sido chamado de macaco por outro atleta. Em geral, as pessoas – jornalistas que comentaram, a diretoria gremista – argumentavam que no campo de futebol você pode falar qualquer coisa, e que se as pessoas fossem se importar com isso, não teria como ter jogo de futebol. Como você vê esse tipo de situação?
Kabengele – Isso é uma prova daquilo que falei, os brasileiros são educados para não assumir seus hábitos, seu racismo. Em outros países, não teria essa conversa de que no campo de futebol vale. O pessoal pune mesmo. Mas aqui, quando se trata do negro… Já ouviu caso contrário, de negro que chama branco de macaco? Quando aquele delegado prendeu o jogador argentino no caso do Grafite, todo mundo caiu em cima. Os técnicos, jornalistas, esportistas, todo mundo dizendo que é assim no futebol. Então a gente não pode educar o jogador de futebol, tudo é permitido? Quando há violência física, eles são punidos, mas isso aqui é uma violência também, uma violência simbólica. Por que a violência simbólica é aceita a violência física é punida?
Fórum – Como o senhor vê hoje a aplicação da lei que determina a obrigatoriedade do ensino de cultura africana nas escolas? Os professores, de um modo geral, estão preparados para lidar com a questão racial?
Kabengele – Essa lei já foi objeto de crítica das pessoas que acham que isso também seria uma racialização do Brasil. Pessoas que acham que, sendo a população brasileira uma população mestiça, não é preciso ensinar a cultura do negro, ensinar a história do negro ou da África. Temos uma única história, uma única cultura, que é uma cultura mestiça. Tem pessoas que vão nessa direção, pensam que isso é uma racialização da educação no Brasil.
Mas essa questão do ensino da diversidade na escola não é propriedade do Brasil. Todos os países do mundo lidam com a questão da diversidade, do ensino da diversidade na escola, até os que não foram colonizadores, os nórdicos, com a vinda dos imigrantes, estão tratando da questão da diversidade na escola.
O Brasil deveria tratar dessa questão com mais força, porque é um país que nasceu do encontro das culturas, das civilizações. Os europeus chegaram, a população indígena – dona da terra – os africanos, depois a última onda imigratória é dos asiáticos. Então tudo isso faz parte das raízes formadoras do Brasil que devem fazer parte da formação do cidadão. Ora, se a gente olhar nosso sistema educativo, percebemos que a história do negro, da África, das populações indígenas não fazia parte da educação do brasileiro.
Nosso modelo de educação é eurocêntrico. Do ponto de vista da historiografia oficial, os portugueses chegaram na África, encontraram os africanos vendendo seus filhos, compraram e levaram para o Brasil. Não foi isso que aconteceu. A história da escravidão é uma história da violência. Quando se fala de contribuições, nunca se fala da África. Se se introduzir a história do outro de uma maneira positiva, isso ajuda.
É por isso que a educação, a introdução da história dele no Brasil, faz parte desse processo de construção do orgulho negro. Ele tem que saber que foi trazido e aqui contribuiu com o seu trabalho, trabalho escravizado, para construir as bases da economia colonial brasileira. Além do mais, houve a resistência, o negro não era um João-Bobo que simplesmente aceitou, senão a gente não teria rebeliões das senzalas, o Quilombo dos Palmares, que durou quase um século. São provas de resistência e de defesa da dignidade humana. São essas coisas que devem ser ensinadas. Isso faz parte do patrimônio histórico de todos os brasileiros. O branco e o negro têm que conhecer essa história porque é aí que vão poder respeitar os outros.
Voltando a sua pergunta, as dificuldades são de duas ordens. Em primeiro lugar, os educadores não têm formação para ensinar a diversidade. Estudaram em escolas de educação eurocêntrica, onde não se ensinava a história do negro, não estudaram história da África, como vão passar isso aos alunos? Além do mais, a África é um continente, com centenas de culturas e civilizações. São 54 países oficialmente. A primeira coisa é formar os educadores, orientar por onde começou a cultura negra no Brasil, por onde começa essa história. Depois dessa formação, com certo conteúdo, material didático de boa qualidade, que nada tem a ver com a historiografia oficial, o processo pode funcionar.
Fórum – Outra questão que se discute é sobre o negro nos espaços de poder. Não se veem negros como prefeitos, governadores. Como trabalhar contra isso?
Kabengele – O que é um país democrático? Um país democrático, no meu ponto de vista, é um país que reflete a sua diversidade na estrutura de poder. Nela, você vê mulheres ocupando cargos de responsabilidade, no Executivo, no Legislativo, no Judiciário, assim como no setor privado. E ainda os índios, que são os grandes discriminados pela sociedade. Isso seria um país democrático. O fato de você olhar a estrutura de poder e ver poucos negros ou quase não ver negros, não ver mulheres, não ver índios, isso significa que há alguma coisa que não foi feita nesse país. Como construção da democracia, a representatividade da diversidade não existe na estrutura de poder. Por quê?
Se você fizer um levantamento no campo jurídico, quantos desembargadores e juízes negros têm na sociedade brasileira? Se você for pras universidades públicas, quantos professores negros tem, começando por minha própria universidade? Esta universidade tem cerca de 5 mil professores. Quantos professores negros tem na USP? Nessa grande faculdade, que é a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), uma das maiores da USP junto com a Politécnica, tenho certeza de que na minha faculdade fui o primeiro negro a entrar como professor. Desde que entrei no Departamento de Antropologia, não entrou outro. Daqui três anos vou me aposentar. O professor Milton Santos, que era um grande professor, quase Nobel da Geografia, entrou no departamento, veio do exterior e eu já estava aqui. Em toda a USP, não sou capaz de passar de dez pessoas conhecidas. Pode ter mais, mas não chega a 50, exagerando. Se você for para as grandes universidades americanas, Harvard, Princeton, Standford, você vai encontrar mais negros professores do que no Brasil. Lá eles são mais racistas, ou eram mais racistas, mas como explicar tudo isso?
120 anos de abolição. Por que não houve uma certa mobilidade social para os negros chegarem lá? Há duas explicações: ou você diz que ele é geneticamente menos inteligente, o que seria uma explicação racista, ou encontra explicação na sociedade. Quer dizer que se bloqueou a sua mobilidade. E isso passa por questão de preconceito, de discriminação racial. Não há como explicar isso. Se você entender que os imigrantes japoneses chegaram, nós comemoramos 100 anos recentemente da sua vinda, eles tiveram uma certa mobilidade. Os coreanos também ocupam um lugar na sociedade. Mas os negros já estão a 120 anos da abolição. Então tem uma explicação. Daí a necessidade de se mudar o quadro. Ou nós mantemos o quadro, porque se não mudamos estamos racializando o Brasil, ou a gente mantém a situação para mostrar que não somos racistas. Porque a explicação é essa, se mexer, somos racistas e estamos racializando. Então vamos deixar as coisas do jeito que estão. Esse é o dilema da sociedade.
Revista Fórum – como o senhor vê o tratamento dado pela mídia à questão racial?
Kabengele – A imprensa faz parte da sociedade. Acho que esse discurso do mito da democracia racial é um discurso também que é absorvido por alguns membros da imprensa. Acho que há uma certa tendência na imprensa pelo fato de ser contra as políticas de ação afirmativa, sendo que também não são muito favoráveis a essa questão da obrigatoriedade do ensino da história do negro na escola.
Houve, no mês passado, a II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Silêncio completo da imprensa brasileira. Não houve matérias sobre isso. Os grandes jornais da imprensa escrita não pautaram isso. O silêncio faz parte do dispositivo do racismo brasileiro. Como disse Elie Wiesel, o carrasco mata sempre duas vezes. A segunda mata pelo silêncio. O silêncio é uma maneira de você matar a consciência de um povo. Porque se falar sobre isso abertamente, as pessoas vão buscar saber, se conscientizar, mas se ficar no silêncio a coisa morre por aí. Então acho que o silêncio da imprensa, no meu ponto de vista, passa por essa estratégia, é o não-dito.
Acabei de passar por uma experiência interessante. Saí da Conferência Nacional e fui para Barcelona, convidado por um grupo de brasileiros que pratica capoeira. Claro, receberam recursos do Ministério das Relações Exteriores, que pagou minha passagem e a estadia. Era uma reunião pequena de capoeiristas e fiz uma conferência sobre a cultura negra no Brasil. Saiu no El Pais, que é o jornal mais importante da Espanha, noticiou isso, uma coisa pequena. Uma conferência nacional deste tamanho aqui não se fala. É um contrassenso. O silêncio da imprensa não é um silêncio neutro, é um silêncio que indica uma certa orientação da questão racial. Tem que não dizer muita coisa e ficar calado. Amanhã não se fala mais, acabou.

LIvros grátis na Internet

Em tempos de compartilhamentos de arquivos, os livros também estão na internet pra baixar. E vários sites disponibilizam obras para download gratuitamente incentivando o conhecimento livre. OSPressoSP selecionou alguns sites que oferecem essa possibilidade, com características e acervos distintos. A maioria publica livros que já estão em domínio público, ou seja, de autores que tenham morrido há mais de 70 anos. Confira.
1 Biblioteca Digital Mundial – Com 4.778 títulos, o acervo é multilíngue e trabalha com forte predominância de manuscritos, mapas, partituras, fotografias e desenhos arquitetônicos. É um site criado pela Biblioteca dos EUA, que recebe doações de outras bibliotecas e museus de países distintos, porém, não há o tradução, as obras são apresentadas no idioma de origem. Um mapa mundi, na abertura do site, ajuda a coordenar a busca por ano e país.
2 Domínio Público – O site  é uma iniciativa do governo federal e reúne mais de 186 mil obras, que são encontradas facilmente nas ferramentas de busca. É possível encontrar clássicos internacionais traduzidos para o português.
3 Projeto Gutenberg – Trabalha com a mesma lógica de disponibilização de livros que se tornaram domínio público, são de 38 mil obras. O site é a primeira grande coleção de livros grátis.
4 Biblioteca Digital Camões – A iniciativa desse site é do Instituto Camões, do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal. A busca é muito fácil, no site, e o acervo compreende, principalmente, obras lusitanas, mas se expande para outros países de língua portuguesa. Os livros mais recentes não podem ser baixados, somente lidos online.
5 Brasilianas– Alguns livros difíceis de encontrar nas prateleiras físicas das bibliotecas e sebos, podem ser baixados nesse site. São mais de 3 mil obras. A iniciativa é da Universidade de São Paulo (USP).
6 Virtual Books – Os livros podem ser baixados em seis idiomas, também há resumos de jornais, entrevistas, artigos e crônicas.
7 Machado de Assis – O site, criado pelo Ministério da Educação, disponibiliza a obra completa do escritor – em pdf ou html – para leitura online. Estão lá crônicas, romances, contos, poesias, peças de teatro, críticas e traduções.
8 Unesp Aberta - É uma iniciativa da reitoria da Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita”. O site disponibiliza gratuitamente  os recursos pedagógicos digitais desenvolvidos para os cursos da Universidade.
9 eBooks Brasil – Oferece livros eletrônicos gratuitamente, só pede que nenhum material do site seja utilizado comercialmente.
10 Brasiliana – Em fevereiro de 2009, o Laboratório da Brasiliana USP foi implantado em sede provisória junto ao canteiro da obra da nova sede da Biblioteca Mindlin na Universidade de São Paulo (USP). São disponibilizados livros para download de forma legal. Há livros raros e documentos históricos, manuscritos e imagens.
11 Open Library – Projeto já tem mais de 18 mil membros e busca catalogar todos os livros publicados no mundo, já tem 1 milhão de títulos disponíveis para download. Podem ser encontrados livros em cerca idiomas.
 12 Universia – Reúne mais de mil livros, inclusive clássicos da literatura, como Dostoiévski e Tolstoi.
13 Casa de José de Alencar – A Casa de José de Alencar está situada no Sítio Alagadiço Novo, no bairro de Messejana, Fortaleza-CE e foi adquirido em 1825 pelo padre José Martiniano de Alencar, pai do escritor cearense. Na internet a casa disponibiliza a obra na biblioteca virtual em pdf.
14 Blog Mídia 8 – O blog disponibiliza 486 livros de comunicação para download.
15 Read Print – São milhares de livros grátis, em inglês, de autores cores clássicos como Sheakspeare.

Filosofía, Arte, Letras y Psicología (FALP)

1- https://www.facebook.com/groups/filosofiaypsicologia/
2- https://www.facebook.com/groups/profesoresdefilosofia/

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

EU te amo em várias línguas


EU TE AMO EM TODAS AS LÍNGUAS
Africano - Ek het jou liefe
Albânio - Te dua
Alemão - Ich liebe dich
Alentejano - Gosto de ti, porra!
Amárico - Afekrishalehou
Árabe - Ana Behibak (para um homem)
Árabe - Ana Behibek (para uma mulher)
Bávaro - I mog di narrisch gern
Birmanês - Chit pa de
Boliviano - Qanta munani
Búlgaro - Obicham te
Cantonês - Moi oiy neya
Catalão - T'estim
Checo - Miluji te
Chinês - Ngo oi ney
Cingalês - Mama oyata adarei
Coreano - Tangsinul sarang ha yo
Corso - Ti tengu cara (para uma mulher)
Corso - Ti tengu caru (para um homem)
Croata - Ljubim te
Dinamarquês - Jeg elsker dig
Eslovaco - Lubim ta
Esloveno - Ljubim te
Espanhol - Te amo
Esperanto - Mi amas vin
Flamengo - Ik zie oe geerne
Filipino - Mahal ka ta
Finlandês - Mina rakastan sinua
Francês - Je t'aime
Francês Canadiano - Sh'teme (falado, tem este som)
Frisão - Ik hald fan dei
Gaélico - Tha gra agam ort
Grego - S'ayapo (diz-se s'agapo, a 3ª letra é a letra minúsculo 'gamma')
Grego antigo - Ego philo su
Gronelandês - Asavakit
Havaiano - Aloha i'a au oe
Hebreu - Ani ohev otach (para uma mulher)
Hebreu - Ani ohevet otcha (para um homem)
Holandês - Ik hou van jou
Húngaro - Szeretlek
Iídiche - Ich han dich lib
Indonésio - Saya cinta padamu
Inglês - I love you
Iraniano - Mahn doostaht doh-rahm
Irlandês - Taim i' ngra leat
Islandês - Eg elska thig
Italiano - Ti amo
Japonês - Kimi o ai shiteru
Javanês - Kulo tresno
Jugoslavo - Ya te volim
Klingon* - Qabang
Latim - Vos amo
Latim antigo - Ego amo te
Letão - Es milu tevi
Libanês - Bahibak
Lisboeta - Gramo-te bué, chavalinha
Lituanio - Tave myliu
Macedoniano - Sakam te
Madrileno - Me molas, tronca
Malaio - Saya cintakan mu
Mandarim - Wo ai ni
Mohawk - Konoronhkwa
Norueguês - Eg elskar deg
Panjabi - Mai taunu pyar karda
Paquistanês - Mujhe tumse muhabbat hai
Persa - Tora dost daram
Polaco - Kocham cie
Português (Portugal) – Amo-te
Portuense - Amo-te, carago!
Queniano** - Tye-mela'ne
Romano - Te iu besc
Russo - Ya tebya liubliu
Sergipano - Gostchu muintchu
Sérvio - Ljubim te
Servo-Croata - Volim te
Sioux - Techihhila
Sírio/Libanês - Bhebbek (para uma mulher)
Sírio/Libanês - Bhebbak (para um homem)
Sueco - Jag alskar dig
Suíço/Alemão - Ch'ha di ga'rn
Tagalo - Mahal kita
Tailandês - Khao raak thoe
Taitiano - Ua here vau ia oe
Tâmil - nan unnaik kathalikkinren
Télego - Neenu ninnu pra'mistu'nnanu
Tunisino - Ha eh bak
Turco - Seni seviyorum
Ucraniano - Ja tebe kokhaju
Vietnamita - Em yeu anh (para um homem)
Vietnamita - Anh yeu em (para uma mulher)
Vulcan* - Wani ra yana ro aisha
Zulu - Mena tanda wena

SPEAKING (DISCUSSÕES/CONVERSAÇÃO) Os mais interessantes sites de conversação em Inglês

SPEAKING (DISCUSSÕES/CONVERSAÇÃO)

Mais de 660 tópicos de discussão, com cerca de 13 mil questões sobre temas da atualidade, propostos para estimular conversas entre estudantes de inglês. Além de desenvolver habilidades na fala, esses exercícios têm por objetivo melhorar a pronúncia e a comunicação.
Esse site apresenta vários exemplos de diálogos e conversas, em que aparecem expressões como “point-blank”, “it’s a piece of cake”, “rub me the wrong way” e “Cream of the crop”. Aqui você confere a explicação para o uso e o significado dessas expressões  na comunicação oral.
Vários recursos on-line para ajudar a aumentar a fluência em inglês. São exemplos de enunciados sobre assuntos diversos, quizzes e diálogos, tudo dividido por nível de aprendizagem.
Lista de frases úteis e dicas de como falar sobre assuntos variados (cumprimentar pessoas, fazer pedidos, sugestões, dar uma opinião, fazer convites, pedidos, reclamações, planos para o futuro etc.).
English Speaking Online estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.englishspeakingonline.com/ 
Exercícios, com áudio de falantes nativos, para praticar e aprimorar a pronúncia e a fluência em inglês.
Mais de 1500 diálogos, divididos em 25 temas, para treinar habilidades de fala com o robô on-line Mike. As conversas estão disponíveis em áudio e texto, para que os estudantes possam prestar atenção não só na pronúncia do idioma, mas também na estrutura dos recursos usados na oralidade. 
Site com várias atividades propostas para aprendizagem de pronúncia, entonação, diálogos e outros tópicos da linguagem oral. Para checar as semelhanças entre as falas do estudante e as de um nativo, o site tem um recurso de gravação de áudio.
Learn to Speak English Fluently estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.teacherjoe.us/Speak.html 
Exercícios de pronúncia, ritmo, entonação e outros, para melhorar e desenvolver as habilidades orais em inglês. Aqui você também encontra vários diálogos com temas atuais como viagens, entrevistas de emprego, locações de imóveis, datas comemorativas e outros.
Neste site é necessário registro para ter acesso gratuito a várias lições para aprimorar seus conhecimentos em língua inglesa. Para quem quer treinar as habilidades na fala, um dos recursos do site é a possibilidade de escutar o áudio, repetir o que foi dito e conferir a sua gravação juntamente com a fala original. Assim, os estudantes podem apontar e reconhecer as diferenças de pronúncia em relação ao inglês nativo.
The Internet TESL Journal estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://iteslj.org/questions/
Atividades propostas para conversação, com assuntos variados (como propaganda, saúde, comidas, indústria, tecnologia, etc.), que apresentam uma série de perguntas para serem debatidas em conversas com amigos ou em sala de aula.
Página da Universidade de Okanagan, no Canadá, que disponibiliza vários exercícios sobre pronúncia. São vídeos, áudios com diálogos, estudo de pares mínimos, ditados para praticar a diferença entre os fonemas, trava-línguas e temas para conversação em inglês.
Nessa página do programa CNN Student News, além de assistir e escutar as notícias, você também tem acesso à transcrição diária de todas as matérias. Para refletir sobre as notícias, são indicadas tarefas de discussão e debate, para que os estudantes possam praticar conversação e pronúncia.
Para ajudar os estudantes a entender melhor os sons, esse site propõe uma série de atividades de imitação e outros exercícios de oralidade. A proposta visa à prática da conversação e aprendizagem da acentuação na pronúncia. 
Confira aqui uma lista com as mais populares formas reduzidas de palavras em inglês como “bet you – betcha”, “give me – gimme” e “wanto to – wanna”.   

FONÉTICA
Phonetics: The Sounds of American English estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.uiowa.edu/~acadtech/phonetics/english/frameset.html 
Recurso do Site da Universidade de Iowa dedicado à fonologia. Aqui, o estudante tem acesso a toda a estrutura da fonética americana, com a representação dos símbolos fonéticos, o som de cada vogal e consoante (com a descrição de como o som é produzido), além de animações e vídeos explicando os movimentos articulatórios da boca e da língua enquanto pronunciam as palavras.
Aprenda como ler e escrever as transcrições fonéticas do inglês com a ajuda desse site. Basta escutar as palavras, ler as transcrições e entender como usar os símbolos que encontramos nos dicionários para saber como pronunciar as palavras.
Paul Meier Dialect Services estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.paulmeier.com/ipa/diphthongs.html 
Nessa demonstração é possível ver como funcionam os ditongos e tritongos do inglês americano e britânico. A partir de um quadro da IPA (International Phonetic Association), é possível conhecer a posição em que é produzido cada um dos sons vocálicos.
Ted Power – English Language Learning and Teaching estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.btinternet.com/~ted.power/phonetics.htm 
Nesse espaço, podemosencontrar vários exercícios sobre pronúncia da língua inglesa. São tratados tópicos sobre ritmo e entonação no discurso, sons vocálicos e consonantais no inglês, transcrição fonética de produções orais, agrupamento de consoantes e muito mais.
UCL – Speech, Hearing & Phonetic Sciences estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.phon.ucl.ac.uk/resource/tutorials.html#phon
No site da UCL (University College London) encontra-se um espaço dedicado aos estudos da linguagem. Na seção Web Tutorials tem-se acesso a uma lista de materiais instrucionais sobre o conceito de voz, estruturas da articulação, práticas de entonação, exercícios de transcrição fonética e outros tópicos de linguística.
Fonetiks.org estrelaestrelaestrelaestrela
http://fonetiks.org/
Guias de pronúncia on-line gratuitos em nove variedades de língua inglesa (inglês canadense, americano, britânico, australiano, sul-africano, etc). São exemplos em áudio de sons pronunciados por mais de 40 falantes nativos.

FALAR EM PÚBLICO
Effective Public Speaking Skills estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.effective-public-speaking.com/
Esse site oferece ótimas dicas de como preparar uma boa apresentação. São várias lições explicativas gratuitas e com quizzes sobre comunicação oral.
Coleção de artigos e atividades sobre como falar em público. Nesse endereço, o “Teacher Joe” ensina os principais passos para se sair bem em palestras e apresentações. Ele dá dicas que vão da preparação do discurso às técnicas para se tornar um falante avançado.      
Dicas rápidas e importantes para tornar sua comunicação oral mais clara e eficiente.    

PRONÚNCIA
Esse link oferece dicas importantes de como usar a acentuação, a entonação e outros recursos da fala para melhorar a pronúncia em inglês.
Merriam-Webster’s Learner’s Dictionary estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.learners-dictionary.com/pronex/pronex.htm 
O site oferece exercícios para a prática da pronúncia. São atividades, com áudio, que têm como foco a diferenciação de sons como v e f, p e b, r e l, ch e sh, acentuação de sílabas, homônimos entre outros aspectos da fala.
The Speech Accent Archive estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://accent.gmu.edu/index.php 
Esse site apresenta um grande conjunto de amostras de fala em variados contextos linguísticos. O estudante pode escutar e ler as transcrições fonética e textual dos trechos, além de obter informações sobre o falante para contextualização. É um material interessante para ser usado na comparação e análise de pronúncias e sotaques dos falantes da língua inglesa.  
Para treinar a fala em língua inglesa, essa página disponibiliza exercícios diários de escuta e repetição de frases, que permitem melhorar a aprendizagem de entonação, ritmo e pronúncia. 
Lista de nomes variados com a pronúncia em áudio e em transcrição fonética. É possível consultar por nome ou por tema (religião, artista, escritor, lugares natureza, etc).
Rachel’s English - sounds estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.rachelsenglish.com/sounds 
Vídeos sobre o funcionamento da articulação na pronúncia dos fonemas. São explicações detalhadas sobre a produção dos sons e dos movimentos que fazemos com a boca e a língua ao pronunciar vogais consoantes e outras estruturas da linguagem oral.
Rachel’s English - pronunciation estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.soundsofenglish.org/pronunciation/index.htm
Conteúdo teórico sobre pronúncia do inglês, acentuação da fala, entonação e outros temas de linguagem oral. Aqui você também encontra vários exercícios para treinar conversação e pronúncia.
Entenda o que são as “silent letters”, os “homophones” e outros conceitos relacionados à fala da língua inglesa. Aqui você encontra não só a teoria, mas também vários exercícios, além de jogos equizzes, para aprimorar suas habilidades de pronúncia e oralidade em inglês.    
Escute e repita poemas em inglês com a ajuda desse site. São vários exercícios ilustrados, além de jogos e quizzes, que tratam do som das vogais e consoantes, para aprimorar suas habilidades no inglês oral.      
American Accent - Liasons estrelaestrelaestrelaestrela
http://www.americanaccent.com/liaisons.html 
Artigo explicativo sobre ligações e conexões entre palavras no inglês falado. Entenda como aplicar esses recursos em combinações de vogal + vogal, vogal + consoante, consoante + consoante e outros sons.
Aru John’s Utilities estrelaestrelaestrelaestrela
http://aruljohn.com/voice.pl 
Nesse site você encontra um recurso interessante para escutar a pronúncia de palavras em inglês. Ao se digitar o verbete cuja pronúncia queremos descobrir, ouvimos a palavra escolhida em inglês americano.
American Accent - Intonation estrelaestrelaestrelaestrela
http://www.americanaccent.com/intonation.html 
Nessa página podemos conhecer os principais aspectos da entonação, a importância dela para o desenvolvimento da fala em inglês e dicas importantes de como colocar essa habilidade em prática no dia a dia. 

CONVERSAÇÃO EM SALA DE AULA   
Oral English Activities Resources for Teachers estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.waze.net/oea/index.php 
O site oferece ideias de exercícios para praticar conversação do inglês em sala de aula. Aqui, alunos e professores vão encontrar dicas de atividades, separadas por temas (como comidas, carros, trabalho e negócios, entre outros) e com instrução completa de como aplicá-las em classe.    
Jogos e áudios para a prática da pronúncia do inglês. São várias lições de pares mínimos, escuta e repetição, entre outros, todos acompanhados de quizzes que facilitam o entendimento na diferenciação das palavras
Uma das propostas dessa página é ajudar professores e estudantes a praticar diálogos dentro de sala. O link disponibiliza ideias de exercícios e planos de aula para treinar a comunicação oral e a fluência no idioma.

REDES SOCIAIS        
Comunidade on-line que integra comunicação e aprendizado de idiomas. A inscrição é gratuita e é possíel escolher a língua que quer aprender e participar de ambientes interativos com falantes nativos e outros estudantes. É um processo colaborativo de aprendizagem, onde as pessoas estudam por módulos, em nível crescente de dificuldade, usando como apoio o conhecimento de outros usuários da rede social.   
Nessa comunidade on-line a proposta é o intercâmbio linguístico e a aprendizagem de idiomas. Os outros usuários compartilham seus conhecimentos de língua nativa com as pessoas da rede. Basta se cadastrar gratuitamente para ter acesso a vários recursos, como salas de bate-papo e mensagens instantâneas, que permitirão aos usuários um contato mais próximo com as outras linguagens. Aprendizagem constante de pronúncia, vocabulário, gírias e cultura.      
Rede social para incentivo e troca de conhecimentos de idiomas. O site oferece cursos gratuitos de línguas e participação em fóruns, salas de chatblog. Ao se cadastrar, cria-se um perfil que define que tipo de estudos o usuário pretende fazer. A partir daí, uma ferramenta da rede social se encarrega de sugerir outros usuários com as mesmas características do aprendiz, fomentando o compartilhamento de informações.
Com uma proposta um pouco diferente das demais redes, a Lingofriends não disponibiliza matérias sobre uma disciplina específica como, por exemplo, o inglês. Ao se cadastrar na rede, procura-se por usuários que possam auxiliar no processo de aprendizagem. A comunicação acontece por sistemas semelhantes a e-mails, mas é uma opção de interação para aprimorar conhecimentos em idiomas.    
Ponto de encontro entre estudantes de um mesmo idioma. Da mesma forma que em outras redes sociais, aqui é necessário fazer o cadastro e compartilhar conhecimento com outros estudantes de línguas diversas.    

TRAVA-LÍNGUAS
Coleção de mais de 400 sentenças trava-línguas em inglês.
São frases engraçadas de trava-línguas para auxiliar estudantes a entender um pouco sobre alguns problemas da fala.
Vários trava-línguas em inglês para escuta e repetição.
Seleção de trava-línguas ilustrados para praticar pronúncia do inglês.

BLOGS  
John Maidment’s Blog estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://blogjam.name/ 
Blog dedicado aos estudos de palavras. Aborda temas de fonética e linguagem em textos interessantes e de fácil leitura. Além de conteúdo sobre aspectos fonológicos e gramaticais, o autor também publica curiosidades, sempre mostrando foneticamente como se pronunciam as palavras citadas no texto. 
John Wells’s Phonetic Blog estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://www.phonetic-blog.blogspot.com/ 
Blog dedicado a pesquisas sobre fonética. São vários textos que tratam da produção do som, transcrição fonética, sistemas vocais e pronúncia.
The Eggcorn Database estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://eggcorns.lascribe.net/
Blog desenvolvido para colecionar tipos não usuais de pronúncia em inglês, os chamados eggcorns. Esse termo é usado na linguística para denominar algumas substituições idiossincráticas de palavras ou frases por outras palavras que apresentam ou similar ou idêntico no dialeto do falante.
Kraut’s English Phonetic Blog estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://matters-phonetic.blogspot.com/
Nesse blog, o pesquisador Kraut aborda assuntos relacionados à pronúncia do inglês. Ele posta suas observações acerca da fala, dos aspectos fonéticos e outros temas da produção oral.   
Improving English Spelling estrelaestrelaestrelaestrelaestrela
http://improvingenglishspelling.blogspot.com/ 
Nesse espaço, a pesquisadora Masha Bell disponibiliza suas investigações sobre as inconsistências na fala do inglês e as dificuldades que isso implica na aprendizagem e no ensino do idioma. O objetivo do blog é advertir os leitores quanto aos problemas causados pelas irregularidades na pronúncia do Inglês.   

FERRAMENTAS GRATUITAS
Essa ferramenta consiste em um teclado (em Flash) com representações fonêmicas que permite ao usuário escrever os símbolos das transcrições fonéticas e usá-los em programas como o Microsoft Word, por exemplo. 
Ferramenta gratuita para análise da fala. Com ele é possível gravar, mostrar e analisar discursos orais. O programa exibe espectrogramas e faixas de frequência para auxiliar nas pesquisas sobre oralidade.
Software gratuito que possibilita gravação de arquivos de áudio extremamente compactos para serem enviados por e-mail. Você grava sua fala e anexa à mensagem de e-mail. Para que o destinatário possa ouvir o arquivo, ele precisa ter o Pure Voice instalado também.
Programa livre e gratuito, de código fonte aberto, para edição digital. Com essa ferramenta é possível fazer e editar gravações de áudio para serem usadas em atividades de pronúncia.      

DICIONÁRIOS
Excelente dicionário de definições de termos técnicos usados em fonética, fonologia, ciências da fala e da escuta e outras disciplinas da área. Para certos termos há também, além da explicação, exemplos, ilustrações, referências e áudio, para facilitar a compreensão dos significados.  
Pequena enciclopédia do autor Peter Roach, que apresenta um glossário com termos de fonética e fonologia. Todas as palavras vêm acompanhadas de exemplos para que os leitores possam entender a aplicação dos conceitos apresentados.   
O Forvo é considerado o maior dicionário de pronúncia do mundo. É uma ferramenta colaborativa, em que as pessoas disponibilizam gravações com as palavras de seu idioma nativo. Se você quer saber como pronunciar uma expressão,  procure por ela no Forvo e um falante nativo vai te ajudar a falar corretamente o que você precisa.